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sábado, 30 de março de 2013

Doce de Laranjinhas Kinkan



Frutos ainda verdes quando a foto foi feita, esse é meu Pé de Laranjinhas Kinkan.
De pequeno porte, fica em um cantinho do jardim da entrada da casa. Não perturba ninguém e ainda fornece uma produção espetacular.

Adoro doce de laranjas desde pequena.
Lembro-me tão bem do doce de laranja que minha avó fazia. Era feito com laranja de casca grossa e essas deveriam ficar dias de molho para perder o amargo, antes de se começar a fazer o doce propriamente dito.
Com a laranjinha kinkan você não tem esse problema.
Além do mais, elas são lindinhas, concordam?

Esse ano,com o pezinho um pouco maior, a produção foi grande.
Ontem colhi uma vasilha cheia delas e ainda tem laranjinha no pé para amadurecer mais.


Fiz o doce hoje e ele vai ser servido como sobremesa (entre outras tantas) em um almoço muito especial aqui em casa.
Vamos à Receita?

Receita


1300 g de Laranjinhas Kinkan 
(foi o que colhi)


650 g de açúcar cristal 
(sempre a metade do peso da fruta)
1 1/4 litro de água
10 cravinhos da índia


Lave bem as laranjinhas e dê um talho até aproximadamente um pouco menos da metade da fruta.




Leve a água, o açúcar e os cravos da índia ao fogo.
Quando começar a ferver, conte 15 minutos e aí sim adicione as laranjinhas


Deixe o doce apurando por mais ou menos uma hora.




Quando estiverem brilhantes o doce está pronto!

UMA DELÍCIA!!!

terça-feira, 26 de março de 2013

BOLO CUCA DA VÓ DÓCA


Por que só amadurecemos realmente na maturidade?
Paradoxo para você? Pode ser, mas para mim chega a ser uma pergunta com um certo peso de culpa.
Vou voltar um pouquinho à infância e talvez você compreenda o que quero dizer.
Sou neta de Belminda Adelaide de Andrade Costa, uma das mulheres mais fortes, corretas e de bom coração que sei da existência.
Patriarca da família (você leu certo...patriarca mesmo), ficou viúva cedo. 
Com ela vivemos toda a nossa infância e parte da adolescência no casarão de batentes largos e pé direito alto, até que em 1970 ela se foi sem aviso prévio, vitimada por um infarto fulminante. 
Com ela aprendemos que "pagar uma conta é melhor que comer um frango".
Correta em suas ações, principalmente comigo que era a levada da breca, mas de um coração maravilhoso e sensível. Cozinheira de mão cheia (mão cheia mesmo, pois suas receitas eram sempre: um prato fundo de tal coisa, um pires daquela outra, uma mão cheia daquilo, uma xícara disso), sua partida súbita impediu-me de aprender muita coisa que só o tempo ensinou, mas mais do que isso, impediu-me de dizer o quanto ela era importante e amada por todas nós.
Enfim, a vida não perdoa...ensina! E é por isso que faço-me a pergunta inicial sempre.

Ah, Vó Dóca, eu lamento tanto não ter-lhe feitos mais carinhos...

Mas, se de tudo fica um pouco, ficou seu exemplo de caráter e sensibilidade.
Das coisas palpáveis, pouco restou, mas o que tenho é precioso demais.
Um projetor 16mm, um acróstico lindo e uma cadeira de balanço.
A receita? Ah, a receita! Essa consegui através de uma sobrinha neta dela, a Carlinha, que mora distante. 
Obrigada, Carlinha, você nem imagina o presente que me deu!


BOLO CUCA DA VÓ DÓCA


Ingredientes

Massa

2 ovos
2 xícaras de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
2 xícaras de leite
4 xícaras de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de fermento em pó

Farofa

5 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de canela em pó

Modo de Fazer
(do jeitinho que ela deixou)

Bata as claras em neve, junte as gemas.
Em seguida o açúcar e bata bem.
A seguir coloque o trigo e o leite fervido com a manteiga.
(Nota da autora: não esqueça o fermento)

Forma untada, farofa por cima.


Fiz o bolo de noite. Comi quente, pois não aguentava esperar para matar a saudade da Vó Dóca. Assim que esfriou, cobri depressa antes que não sobrasse pra contar a história.



Quando ela escreveu esse acróstico para mim eu tinha apenas 12 anos.

Riso, flores e carinho.....

Vó Dóca recebendo um prêmio por suas poesias


Consegue sentir o cheirinho de canela? 
É cheirinho de Vó!

domingo, 24 de março de 2013

Linguado no Azeite


Pobre é uma tristeza mesmo! 
O pior é que ainda tem a cara de pau de confessar.
Mas, tudo bem! Acredito que assim como eu, outras pessoas também são. Ou como diria Chico Anísio: Sou, mas quem não é?
O negócio é o seguinte: 
Tem um restaurante aqui nas redondezas, hiper maravilhoso, um rústico chic, que lota principalmente nos finais de semana. Para vocês terem uma idéia, vem gente até de helicóptero almoçar.
Os melhores pratos são a base de peixe ou moluscos.
Eu ADORO ir lá. A qualidade da comida, não tem pra ninguém! Mas cá entre nós, não dá para ir todo final de semana.
Gosto de vários pratos, mas tem um bacalhau que vem na panela de barro nadando no azeite que é uma delícia. 
Não é que tentei fazer? Como os lombos de bacalhau que comprei vou usar semana que vem, fiz um teste antes com filés mais grossinhos de linguado e para que o almoço não se tornasse um fracasso total, fiz também camarão na moranga, mas o linguado ficou perfeito.

Vou contar do início.


Já comentei aqui que fui ceramista por muitos anos, mas pouco cozinhava.
Tenho ainda algumas panelas de barro que fiz, daquele tempo. A pretinha da frente foi presente de meu marido, mas a romântica, de coraçãozinho logo atrás fui eu que fiz.
Nem curada estavam. Então, o primeiro passo foi curar a panela.
Ainda receosa, coloquei num difusor de chamas....é mais garantido, mas dispensável se vc não tiver um.
Fácil de fazer: besunte a panela por dentro e por fora com óleo e leve ao fogo. O óleo deve secar. Espere esfriar e lave... está pronta pra uso.

Ingredientes

4 filés mais grossinhos de Linguado cortados ao meio ou em 3 pedaços
rodelas grossas de cebola para forrar o fundo da panela
batatas pequenas previamente cozidas
azeite



Tempere o peixe de véspera com limão, sal, alho e cebola.
Uma hora (mais ou menos) antes de servir o almoço, forre a panela de barro (optei pela que eu fiz por ser mais aberta) com as cebolas cortadas em rodelas de mais ou menos 1,5cm.
Coloque os filés de peixe.
Regue com azeite até que eles estejam cobertos.
Coloque as batatinhas, polvilhe um pouco de sal nelas e leve ao forno coberto com papel alumínio.


Depois de mais ou menos uns 45 minutos, retire o papel e deixe as batatas gratinarem. Note as "pintinhas" mais gratinadas...salpiquei um pouco de alho cortado miudinho já frito (desses que a gente compra pronto) e salsinhas picadinhas.



Gente do céu... não ficou devendo muito para restaurante nenhum. Pelo menos eu acho...rs
O marido aprovou...olha a carinha dele, ansioso para saborear.



Semana que vem sapeco um bacalhau assim e já aproveito para desejar uma Feliz Páscoa a todos vocês que tem a santa paciência de me acompanhar aqui. 

Arroz ao forno com amêndoas e uvas passa, camarão na moranga e linguado assado no azeite. 


Beijo enorme!


segunda-feira, 18 de março de 2013

INUTILIDADES GENIAIS


Já reparou que tem coisas que você nem imaginava precisar até ter uma?
A essas coisas dou o nome de INUTILIDADES GENIAIS.
Possuo umas tranqueirinhas que adoro e quero repartir essa cultura inútil com vocês.
Tenho certeza que vão achar inutilmente úteis.

Batedor de Carne

Sabe quando você quer temperar aquele pernil, lombo ou outra carne mais grossa? A gente acaba furando toda a coitada com faca para o tempero penetrar, ou então usa aquelas seringas enormes próprias para isso mas o tempero acaba ficando em apenas um lugar.
Pois bem, encontrei esse batedor de carne e adorei. Ele tem uns "pregões" de aço que furam mas não rompem demais as fibras. O tempero penetra. Tá aí.... gostei mesmo.

Afiador de Facas
Facas cegas são um eterno problema na cozinha.
Pela primeira vez encontro um afiador de facas que funciona.
Esse é ótimo mesmo.  Vale a pena ter uma inutilidade útil como essa.


Para fazer Fios de Ovos

Para fazer Fios de Ovos

 Panelinha esquisita essa, não?
Serve para fazer fios de ovos. Acho genial!

Plakent 

 Não faço doces sem essa placa. É simplesmente indispensável.
Ganhei da minha cunhada há muitos anos (uns 30 anos eu acho) e uso muito para fazer doces.
Quando a gente faz doce (de abóbora, goiabada, de leite, etc) chega uma hora que não podemos parar de mexer senão.... já viu, né? Gruda no fundo da panela e queima.
Com essa placa isso não acontece. Ela é colocada entre a panela e o fogo. Isso faz com que o calor seja distribuído e a gente não precisa mexer o tempo todo.
Além disso, na época não tínhamos microondas, então levávamos o prato ao fogo em cima dessa placa e...voilá! Comida quente. (o problema era o prato que esquentava também)



Não tão original, mas uma maravilha para espremer laranjas.
Vale a pena ter um desses. 





A frigideirinha de ferro só coloquei na foto como apoio, pois normalmente para carnes uso a frigideira de titânio.  Essa serve para fazer tapioca.
O lance aí é essa outra peça que uso para grelhar bifes, filés de frango, em formato xadrezinho. É só colocar direto no fogo, deixar esquentar bem e colocar na carne. Fica bem legal.


Crepex
Que tal uma sessão de cinema e crepes?
Quem tem criança em casa sabe como é difícil distraí-los de vez em quando.
Nada melhor que um bom filme na televisão enquanto a gente prepara crepes para todos.
Eu gosto muito dessa peça e dá pra notar pelo tanto que ela está usada.

Master Churros
Muito legal também é poder fazer churros em casa usando gordura limpa. (risos)
Essa engenhoca é bem interessante e você também pode fazer outras coisas com ela, como nhoque, coberturas de tortas, etc. Mas só por fazer churros já vale a pena!



A famosa Airfryer...será que é tudo mesmo que a propaganda diz?
Que tal uma postagem só sobre isso? Vale a pena esperar, não vale?
Então, aguardem, pois vou falar o que achei dela na próxima, tá?



E, por fim, essa geringonça simpática que sei que é para fritar bolinhos em formato de flor e até hoje não usei pois não tenho a receita.
Será que algum de vocês poderia me ajudar nisso?
Tem a receita? Maravilha! Pode me enviar? Mande para ednamedici@uol.com.br 
Quando eu testar e fizer a postagem os créditos serão todos de quem me enviar.


Por enquanto ficamos por aqui. 
Cultura inútil tem limites, né?

segunda-feira, 11 de março de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO, AMADA GENILDE !


90 anos! 
Hoje, 11 de março de 2013, ela completa noventa anos de uma vida de exemplos... de integridade, de solidariedade, de amor à família e ao próximo. 
E eu, simples mortal, perfeitamente imperfeita, tenho a honra de ver essa história acontecer desde pequena.
Quem a conhece sabe que não exagero nas palavras. Sabe de seu valor e de sua humildade.
Não há alarde em suas atitudes. 
Silenciosamente ela segue seu caminho, simplesmente fazendo o que acha que deve.
E Deus lhe deu o que ela precisava: a saúde suficiente para ser o esteio, a coluna que suporta e mantém todos ao seu redor.
Genilde, não tenho como descrever minha alegria quando recebi suas receitas, escritas de próprio punho. Você largou tudo o que fazia e dedicou um tempo precioso a mim. Acho que fui eu quem ganhou o presente de aniversário. 
Para mim, isso vale mais que qualquer jóia... representa a própria riqueza. 
A riqueza do carinho, o retrato de seu caráter.


FELIZ ANIVERSÁRIO!
Que Deus a proteja hoje e sempre!



A RECEITA
(simples e deliciosa como ela)

Bolo de Fubá Cremoso

4 ovos
1 1/2 xícara de fubá
2 xícaras de açúcar
4 xícaras de leite
2 colheres (de sopa) de manteiga ou margarina
2 colheres (de sopa) de farinha de trigo
100 gramas de queijo ralado (parmesão ou minas meia cura)
1 colher (de sopa) de fermento

Coloque no liquidificador os ovos, o açúcar, a farinha de trigo, a manteiga, o leite e o fubá e bata mais ou menos por 1 minuto. Desligue e junte o queijo e o fermento. Bata mais um pouco. Assadeira untada. Forno pré aquecido 200 ºC (bem quente).

Espere esfriar para cortar.






Simplesmente Delicioso !!!

sábado, 9 de março de 2013

BOLO MARIA DELLA COSTA


Imagem Google

Gentile MARIA Marchioro DELLA COSTA Poloni, grande dama da história do teatro brasileiro, hoje vive em Paraty - RJ, dedicando-se a administração de seu Hotel Coxixo.
Foi lá, nesta maravilhosa Cidade Colonial, Patrimônio Histórico Nacional, que saboreei uma dos bolos mais deliciosos da minha vida: o Bolo Maria Della Costa, em farta mesa do café da manhã.
É óbvio que não sai de lá sem a receita! 
As imagens a seguir são do bolo já preparado em minha casa.

Bolo ainda sem a calda

Prontinho para comer

Receita

Ingredientes
2 copos de açúcar
2 copos de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 copo de coca cola
6 ovos (claras em neve)
1 lata de leite condensado
1 pacote de coco ralado
1 vidro pequeno de leite de coco

OBS: capacidade do copo: 240ml

Modo de Preparo
Bata as gemas com açúcar. Junte farinha de trigo, a coca cola (não pode ser gelada). Bata Bem. Adicione o fermento em pó e incorpore lentamente. Por último, acrescente as claras batidas em neve e mexa delicadamente. Coloque a massa em uma assadeira grande redonda, untada e enfarinhada. Leve ao forno pré aquecido (180ºC) até assar. 
Misture bem o leite condensado, o leite de coco e o coco ralado. Reserve.
Fure o bolo (ainda quente) com um garfo e regue a mistura reservada.

Chamem os anjos para comerem, eles merecem !



Deliciem-se!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Chicabon ou melhor, Xicabon !





Peço permissão à minha amiga Isamara Rodrigues, que me enviou essa receita sensacional, para mudar o nome para Xicabon, por dois motivos...não vai caracterizar plágio e é bem mais "caipira", já que moramos no interior. O que não quer dizer que o picolé não faz jus ao nome primitivo.
Realmente, uma delícia, para qualquer idade, qualquer etnia (gosto gastronômico) e qualquer raça.
Giovanna e Bella se esbaldaram. (só elas? rs)









Fácil de fazer, com esse calor, não há o que chegue.
Se não pego logo a máquina fotográfica, não haveriam fotos.



Ingredientes

1 Caixa de Pudim Chocolate (Otker)
1 Lata de Creme de Leite (com soro)
1/2 Lata de Leite Condensado

Como Fazer

Prepare o pudim como explicado na embalagem.
Espere esfriar e junte aos demais ingrediente no liquidificador.
Bata bem e coloque em forminhas para picolé ou em copinhos descartáveis para cafezinho.
Leve ao freezer e quando começarem a ficar firmes, coloque os palitos.



O duro é esperar congelarem!


Qué?